Uma das maneiras mais eficazes de alavancar o ecoturismo é direcionando esforços para a promoção do setor em sua região. Há três grandes grandes públicos para a promoção dos destinos: os influenciadores de ecoturismo, os operadores e os turistas. Através do marketing digital, é possível impulsionar e direcionar promoções de divulgação.
Promovendo o ecoturismo
Existem inúmeras formas de divulgar os parques e unidades de conservação quanto destino turístico, seja por seus atrativos ou pela criação de produtos, como os passaportes de visita. Práticas como essas estimulam a visitação nos espaços, que alinhadas com a divulgação em roteiros locais, regionais e nacionais atraem diversos perfis de turistas.
Para alavancar o ecoturismo com sucesso, outra ferramenta de divulgação são os aplicativos, que impulsionam a divulgação de destinos e possibilitam a avaliação de dados do ecoturismo. O município de Trajano de Moraes – RJ investiu na adoção de um aplicativo próprio para a cidade, e já está colhendo os frutos.
Nos Estados Unidos, a promoção deu certo! Em 2016, houve um aumento nas propagandas de estímulo à visitação, incentivada pelos cem anos da rede de parques nacionais americanos. Pesquisas indicam que mais de um terço dos estrangeiros que vai aos EUA inclui parques nos roteiros de viagem, incentivadas com aquisição de ingressos anuais e do uso de passaportes. Os lucros desses programas são revertidos em sua totalidade para a educação e preservação ambiental das unidades, gerando um ciclo de retroalimentação positiva.
Os desafios ao alavancar o ecoturismo
O estudo Parques como vetores de desenvolvimento para o Brasil: Ecoturismo e potencial econômico do patrimônio natural brasileiro, do Instituto Semeia, apresenta dados e estatísticas que as unidades de conservação podem ser mais do que ferramentas de conservação e preservação. Estas áreas podem impulsionar a economia e atuar diretamente com o desenvolvimento cultural e social do Brasil.
“Com o potencial de gerar cerca de um milhão de empregos e causar um impacto de cerca de R$ 44 bilhões no PIB nacional, nossos parques podem funcionar como catalisadores de uma série de benefícios, como a expansão da conscientização ambiental, o empoderamento de comunidades locais, a geração de impactos econômicos para toda a cadeia de turismo e ecoturismo, o uso sustentável dos recursos naturais e a formação de uma identidade nacional centrada nesses espaços.”
O desafio atual do país é alcançar o potencial de suas unidades de conservação, que poderiam ser maiores do que são hoje. Há uma grande variedade de possibilidades a serem exploradas, e a colaboração dos agentes que compõem o setor de ecoturismo é fundamental para esse desenvolvimento e superação dos desafios.
Alavancar o ecoturismo depende de uma iniciativa conjunta entre os setores público e privado, resultando em iniciativas estruturantes, que por sua vez irão aprimorar a gestão, conservação e manutenção das áreas naturais espalhadas pelo país, além de valorizar a cultura e tradição local e fortalecer os destinos brasileiros. Isso só será possível com o estabelecimento de uma visão conjunta, com políticas públicas que possibilitem aos parques atuar como parte de uma estratégia de desenvolvimento nacional, conservando o meio ambiente, alavancando a economia, e trazendo benefícios a longo prazo.